inerte ao rio
que disseca meu corpo
Da margem esquerda,
te contemplo:
radiante estás
como as brancas ondas
da lua que não temos
Um coração de carne
me ameaça
mas é tarde
há tempos
não o escuto
em tal descompasso
tal desespero
entre pétalas
de pedra e cimento
no metal de meu silêncio
Que desacelere
ou despedace!
Ingênuo fardo de carne,
que pulsa
sensível aos cativeiros
que brotam em brancas luas
como se a noite queimasse
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