21.11.12

Rebeldia

Imagem: França, maio de 1968
Poesia: Danízio Dornelles
Mulher que despertas
A lua consciente
No vermelho do sol
Te chamo amanhã
Nos olhos sedentos
Nas veias latentes
O sonho insistente
Te fez nossa irmã

Carregas no ventre
A semente mais pura
A flor estridente,
O mistério, a razão
O canto comum
Pra calar a tortura
A noite escura
Pra revolução

És mãe das enxadas
Esperança liberta
Forjaste a utopia
Pra a morte do medo
O fruto do sangue
Das veias abertas
Pra hora mais certa
Guardaste o segredo

Temor dos tiranos
Senhores do luto
Acalanto da vida
Fecunda a verdade
Clarim dos humildes
A cada disputa
Bandeira de luta
Mulher-liberdade

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