Das horas escuras,
Que poema carregas
No sulco das noites
Que passas a esmo?
Caminhante,
Destino liberto
De sangue e de terra,
Herói de uma guerra,
Vilão de si mesmo!
Sonhei com teus
passos,
Teus rastros e rumos,
Tua rosa-dos-ventos
Virada do avesso;
Por que o silêncio
Tomou teu clarim?
Tão perto do fim
A cada começo...
Caminhante
Que de si mesmo
É só despedida;
O que é poema
Na tua estrada?
A angústia que levas
A cada partida?
Ou o amor que
anoitece
A cada chegada?
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